História da Internet em Moçambique

Embora ainda seja uma tecnologia “jovem”, a Internet teve um impacto profundo no mundo nas poucas décadas em que existe. Um dos capítulos mais interessantes desta curta história foi o desenvolvimento de Moçambique. Nesta seção, trazemos destaques de surgimento da Internet em Moçambique bem como uma coleção de várias fontes sobre o desenvolvimento da Internet em África.

Surgimento da Internet em Moçambique

Educação é a chave

O começo da internet em Moçambique tem um ponto em comum com o da internet geral: educação. Elliot 803/B :Introduzido na Universidadre Eduardo Mondlane nos primórdios da Internet, no decurso da montagem do Laboratório de Cálculo Numérico e Máquinas Matemáticas. Chegou à Moçambique em 1969, como resultado de uma oferta da National Cash Register (NCR) de Joannesburg. O Elliot 803/ B foi o representante da pré-história da informática na Universidade. Ele serviu de base para a criação do actual Centro de Informática da Universidade “Eduardo Mondlane” .

Elliot 803/B Fonte : Museu das Comunicações de Moçambique

IBM S 3-10 : Apareceu na UEM entre 1972 e 1973. Foi usado pelos estudantes no final do curso, momento em que tinham que escrever um programa, perfurá-lo em cartões e compilá-lo no computador, depois era testado.

IBM S 3-10 Fonte : Museu das Comunicações de Moçambique

CID 201 B : A 25 de Agosto de 1978, o Ministério da Educação de Moçambique e o da Educação Superior de Cuba rubricaram um acordo através do qual a parte cubana ofereceria a UEM um computador CID 201 B de fabrico cubano. A UEM encarregar-se-ia da sua manutenção assinando para o efeito um acordo especifico com o Instituto Nacional de Sistemas Automatizados e Técnicas de Computacion de Cuba( INSAC).

CID 201 B
Fonte : Museu das Comunicações de Moçambique

Em 1981,Foi adquirido na Bulgária, um computador EC 1035 pelo Centro de Processamento de Dados (CPD) depois da assinatura de um acordo de cooperação entre o Comité do Sistema Unificado de Informação Social (CUSSI) da bulgária e o CPD em nome do Governo de Moçambique

EC 1035 Fonte : Museu das Comunicações de Moçambique

IBM 370/125: É considerado computador da 3ª geração juntamente com o ICL1900 que era vendido na cidade. Terá certamente sido nestes computadores que os alunos de então terão aprendido a utilização de linguagens mais evoluidas, caso do COBOL e do FORTRAN

IBM 370/125 Fonte : Museu das Comunicações de Moçambique

Leia Também: Como se proteger de ataques e fraudes bancárias em Moçambique

Surgimento da TDM:

Telecomunicações de Moçambique (TDM) Fundada em 10 de junho de 1981 na sequência da rescisão dos correios, telégrafos e telefones (CTT), órgão do governo.A TDM foi transformada em sociedade anónima em 26 de dezembro de 2002, por força do decreto lei n.° 47/2002.[2] O seu slogan era Pôr as pessoas a comunicar e desenvolver Moçambique.

O nascimento serviços de telefonia móvel

Mcel

Historial da mCel

O período compreendido entre 1990 e 1998 foi marcado por contínuas mudanças na estrutura política e económica do país. O ambiente competitivo nesse período caracterizou-se pela inserção de Moçambique numa estratégia de liberalização do mercado que teve início com a introdução do PRE em 1987.

As mudanças do sistema político no período, caracterizadas pela adopção de planos económicos sempre voltados à obtenção de estabilidade e implantação de uma estrutura direccionada ao desenvolvimento do país, promoveram forte impacto no ambiente económico, na estrutura produtiva e da gestão das empresas nacionais, começando assim a estabelecer-se novos condicionantes para o desempenho competitivo dessas empresas.

É no contexto da restruturação económica e na implementação do programa do governo saído das primeiras eleições democráticas de 1994 que propiciaram o fortalecimento da economia e criaram condições para o surgimento da Telefonia Móvel Celular em Moçambique.

A telefonia móvel celular foi introduzida no país em 1997 pelas Telecomunicações Móveis de Moçambique, Limitada (TMM, Lda), uma empresa moçambicana em sociedade por quotas constituída na cidade de Maputo, juridicamente, conforme o Boletim da República no 20, III Série de 14 da Maio de 1997, com objecto social a exploração da telefonia móvel celular. A TMM era uma joint venture26 entre a TDM que detinha 74 por cento e a DETECON (Deutsche Telepost Consulting GmbH) com 26 por cento. Ela por não possuir instalações próprias funcionou nas infra-estruturas das TDM. A Deletecon foi responsável pela gestão da empresa por um período de três anos, até 2001.

Nessa altura, foi introduzida uma nova gestão independente dos sócios, quando a empresa possuía cerca de 169 trabalhadores, mais de 52 mil clientes activos, 64 acordos de roaming com os operadores e um serviço limitado as cidades de Maputo e arredores, Xai-Xai, Inhambane, Beira e Chimoio.

Com a abertura do mercado das telecomunicações em Moçambique e a consequente liberalização do serviço da telefonia móvel celular, tornada efectiva pela entrada em vigor da lei n° 6/2002, de 5 de Fevereiro e do Decreto no 47/2002 de 26 de Dezembro, a criação do Instituto Nacioanal de Comunicações (INCM- Órgão regulador e responsável pelo licenciamento, gestão do spectrum, formulação e implentação das políticas do sector) e a atribuição de uma licença para um segundo operador em 2002 (Vodacom), o governo decidiu separar a TMM das TDM. Assim, em Janeiro de 2003, todos os activos e passivos relativos a telefonia móvel foram transferidos das TDM para a TMM, que negociou os acordos de interligação com as TDM e recebeu a licença de operadora nas mesmas condições da Vodacom.

A detecon decidiu vender a sua participação de 26% às TMM e em Março de 2003 foi alterada a denominação social e os estatutos da sociedade, passando esta a ser denominada Moçambique Celular, Limitada, abreviadamente (mCel).

A Moçambique Celular, de acordo com o Boletim da República no 13, III Série de 31 de Março de 2004, foi transformada em sociedade anónima com um capital social de trinta mil milhões de meticais, sendo 74% detidos pelas Telecomunicações de Moçambique e 26% pelo Instituto de Gestão das Participações do Estado.

Em Novembro de 1997 a mCel iniciou as actividades utilizando a mais avançada tecnologia móvel celular a nivel mundial denominada GSM- Global System for Mobile Communications. Quando a empresa começou a operar só fornecia o produto pós-pago (a marca mCel) mediante um contrato mensal que um cliente singular ou empresa assinava mediante a documentação de identificação, certificado de emprego e rendimento ou certidão comercial para o caso da empresa e uma conta bancária para pagamento por débito directo, com um valor de garantia inicial de 2.500.000,00MT e 6.000.000,00MT, para apenas acesso a rede nacional e para acesso nacional e internacional, respectivamente.

Resumindo

1997 – Lançamento do serviço mcel em Moçambique.

2000 – Lançamento do serviço pré-pago.

2008 – Corporate VPN/APN

2003 – Lançamento dosserviços: GPRS/ EDGE /mymcel/ EMM / MMS /Netmóvel.

2006 – Lançamentodos serviços 3G e Blackberry.

2009 – Serviços Pré-pago Netmóvele Blackberry,Serviço Tocknice,– Certifcação deSistemas de Gestãode QualidadeAPCER.

2010 – Prémio internacional – GSMAwards – “Melhor Rede Ecológica”.– “Melhor Marca de Telecomunicações de Moçambique”pela GFK (MMM).

2011 – Lançamento doserviço Facebook mcel.– Certifcação do Sistema de Gestão Ambiental na normaISO 14001.

2012 – Novo reposicionamento mcel “Liga-te ao Melhor da Vida”.

Factos que se desconhece sobre Mcel

Em 2010, a mcel reforçou o seu papel a nível da Responsabilidade SocialCorporativa, sendo nomeada comouma das cinco melhores operadorasdo mundo na categoria de “MelhorContribuição da Telefonia Móvel parao Desenvolvimento Socioeconómico”.Simultaneamente, premiada anível mundial como “Melhor Rede Ecológica”, pela Global MobileAwards 2010. A mcel reforça assim aposição de liderança a nível nacionalna consolidação das suas práticas deresponsabilidade ambiental.

Leia Também: Qual é a melhor operadora de celular em Mocambique?

Vodacom

Historial da Vodacom

A Vodacom Moçambique é uma empresa moçambicana que iniciou a sua operação em Moçambique em Dezembro de 2003 e tem como principal objectivo oferecer uma rede móvel de alta qualidade, fiável e através das novas tecnologias de comunicação trazer tudo bom para Moçambique

Em 2013, a Vodacom lançou o serviço de transferência de dinheiro via sms (Mpesa) que permite, a transferência de dinheiro deforma fácil, acessivel, rápida e segura em qualquer parte do País e pagar e/ou compraruma gama diversificada de serviços.

Resumindo

2003 – Lançamento da Vodacom no mercado Moçambicano.

2011 -Rebranding de azul para vermelho “vermelho é mais quente”.

2012 – Lançamento da campanha de liderança“Número 1”.

2013 – Lançamento do Mpesa

2014 – Lançamento das campanhas “Vodacom” e “Txezaa”

2015 – Lançamento da campanha “Vive Agora”

2016 – Lançamento da campanha “Internet mais Rápida- rapidismo”.

Factos que se desconhece sobre Vodacom

Vodacom é a primeira operadora móvel a lançar o IoT solutions no mercado
moçambicano.

A operadora mais premiada em Moçambique: Top Employers Mozambique 2016/2017, Melhor Marca de Operadoras Móveis, Social Devotion Award by SocialBakers, Vodacom Group CEO Award for Best Innovator, Golden Arrow for Advertising Campaigns, Golden Arrow for Promotion of Arts & Culture, Diamond Arrow for Corporate Citizenship and CSI, Diamond Arrow for Telecoms in Mozambique.

Movitel

Historial da Movitel

A operadora de telefonia móvel com a mais extensa rede de fibra óptica (no país,/em Moçambique) estabelecida em 2011, tendo lançado as operações à 15 de Maio de 2012. Resultante de uma parceria entre a empresa moçambicana SPI (Gestão de Investimentos) e a Viettel Telecom (Multinacional de Telecomunicações Vietinamita).

Internet na sociedade moçambicana

Moçambique possui uma das coberturas de Internet menos desenvolvidas de África, apesar de ter sido o terceiro pais do continente a aderir ao uso dessas tecnologias de informação e comunicação. Moçambique começou a beneficiar-se da rede de Internet em 1992, depois da África do sul e do Egipto. Segundo o director do centro de informação da Universidade Eduardo Modlane, Américo Muchanga.

O país ajudou outros países a montarem Internet mas hoje não esta entre os primeiros 10 ou 15 (ou menos 30) países com melhor utilização em termos de acesso e de qualidade de serviços, estando Moçambique a competir com países pequenos como Suazilândia e Malawi. Um dos países que se beneficiou – se da ajuda de Moçambique na montagem da sua rede de internet foi a Tanzânia. O apoio de Moçambique foi essencialmente em formação académica entre outros aspectos.

Os elevados custos de serviços dessas tecnologias, a fraca penetração da rede telefónica ao nível de todos os pontos do país, ou ainda acentuado nível de alfabetismo são dentre vários, os factores que levam a que o país não avance a passos largos para abranger mais pessoas com serviços da internet de qualidade

Contributo da Internet em Moçambique

A massificação das Tecnologias de Informação e Comunicação, do telemóvel ao computador ligado à Internet, muda a forma como as pessoas vivem dando lugar à Sociedade da Informação e contribuindo para um crescente processo de globalização económica fruto do cada vez maior fluxo de capitais, bens, serviços, pessoas e conhecimento entre países.

Na Educação

Na educação permitirá melhorar a qualidade dos processos de ensino aprendizagem e de gestão escolar e promover o acesso à educação, contribuindo para: Ultrapassar os bloqueios criados pela falta de professores qualificados e promover a sua capacitação, enriquecer os conteúdos escolares e torná-los mais acessíveis, aumentar a capacidade de absorção de alunos recorrendo ao ensino à distância com suporte tecnológico;

Na Economia

Na economia promoverá o desenvolvimento económico através da capacitação dos cidadãos para os desafios económicos locais e da economia global. Adicionalmente, o próprio processo de introdução das TIC é gerador de actividade económica, de empregos, de oportunidades de empreendedorismo e de receita para o Estado. A introdução das TIC no sistema de ensino criará oportunidades para as empresas de telecomunicações (pelo aumento de tráfego nas redes de comunicação que gerará), para as empresas de prestação de serviços e de fornecimento de equipamentos, para o sector bancário e para o surgimento de uma indústria de fornecimento de conteúdos locais;

Na Sociedade

Na sociedade terá um elevado impacto social não só pela info-inclusão dos alunos e pelo contágio aos pais, às instituições e à comunidade envolvente, mas também pela promoção da igualdade de género e entre populações urbanos e rurais. 

Desfrute de alguns artigos nacionais que preparámos para si:

 

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